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Zahir: você tem o seu? – Um post e uma foto por dia – 5 de fevereiro

Lendo coisas pela internet, cheguei nessa palavra: ZAHIR. Pesquisando mais vi que tinha algo interessante nela e resolvi me aprofundar. Hoje eu tenho mais de um Zahir, um deles é escrever.

Zahir é uma palavra de origem árabe que, segundo a filosofia islâmica, pode ser traduzida como “o que é visível, aparente e exotérico (que se manifesta de modo externo, em público)”. Do outro lado, ainda segundo as tradições do Alcorão, está o Batin, que seria “aquilo que está no interior” ou “invisível”, ou seja, as “intenções e pensamentos que ficam guardados no coração”. Bonito, né?

O conceito de Zahir que me interessou mesmo foi o popularizado pelo escritor argentino Jorge Luís Borges, que conceituou este termo como “algo que uma vez tocado ou visto jamais é esquecido – e vai ocupando o nosso pensamento até nos levar à loucura”. Ou seja, seria alguém ou alguma coisa que não sai da nossa cabeça e muitas vezes nos paralisa. Esse conceito nasceu no livro de contos de Borges “O Aleph” (1949) e foi revisitado por Paulo Coelho em 2005.

Qual é o seu Zahir?

Algumas pessoas tem o dinheiro como seu Zahir. Vivem para acumular riquezas, mais e mais, a qualquer custo. Focam todos os seus esforços e pensamentos em como enriquecer, esquecem da própria vida e saúde, “abandonam” filhos, atropelam amores… Um dia, ficam doentes e começam a questionar para quê tanto dinheiro, se a saúde, muitas vezes, não pode ser comprada? Confesso que, por alguns anos, essa descrição encontraria eco na minha vida. Hoje não mais, graças a Deus.

Outras pessoas têm na religião o seu Zahir, o que, ao meu ver, é tão ruim quanto. Na grande maioria das vezes, esse tipo de gente faz uma interpretação radical e equivocada dos ensinamentos religiosos, seja na Bíblia, no Alcorão ou em qualquer outra obra, praticando atos ruins e se aproveitando da fé alheia. Vemos isso claramente no Islamismo, muito associado ao terrorismo, mas que no Alcorão nada traz sobre atentados suicídas e guerras, muito pelo contrário. Infelizmente, também vemos esse erro em várias igrejas onde pastores enriquecem às custas do sacrifício e empobrecimento dos fiéis, cegos pela doutrinação equivocada. Essa é a minha principal crítica* à religião nos dias de hoje.

Foto do dia

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Qual é o seu Zahir?

Conheço gente que tem seu Zahir no casamento, em viagens, em emagrecer, em escrever (EU!) etc. Cada um, à sua maneira, é movido o tempo todo por um objetivo, uma meta, quase uma compulsão. Não chegando na instância do adoecimento psicológico, acho que tudo é válido. Aliás, esse é um dos meus “Zahires” atuais: tentar não julgar nada, nem ninguém. Quando comecei a praticar isso na minha vida, me deu uma leveza absurda… Não quero outra coisa!

Hoje, meu principal Zahir é ter paz. Paz em todas as instâncias da minha vida: familiar, profissional, amorosa, nas amizades. Estando em paz comigo, com certeza serei um pai melhor, um amigo mais atencioso, um profissional mais produtivo e um namorado/marido mais carinhoso. Tenho outros “Zahires”, mas, com certeza, não tão prioritários como a minha paz.

E você? Qual é o seu Zahir? O que te move? O que não sai da sua cabeça?

Conta pra mim!

Um abraço.

*Antes de mais nada é bom esclarecer minha crítica: não tenho nada contra a igreja ser mantida pelos fiéis, só não acho certo a igreja TER LUCRO. Uma vez paga todas as contas, o dinheiro excedente deveria retornar aos fiéis, seja em ajuda humanitária, seja em melhorias para a comunidade. Não faz sentido uma igreja lucrar, remeter lucros à “matriz”, enquanto um “irmão dizimista” está sendo despejado ou passando fome. Me desculpem a crítica, mas isso não entra na minha cabeça. Ah, mas aí vão dizer “Mas o excedente vai para outras igrejas menores que não se bancam ou para o trabalho missionário de espalhar ‘a palavra'” e eu responderei “Até aí, tudo certo, mas não pode virar jatinho, casa em Miami, fortunas pessoais ou outros absurdos”… Entendido que minha crítica não é com a livre religiosidade de cada um e sim com o abuso de certos “pastores” perante a fé do seu “rebanho”?

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