Desde pequenos aprendemos os conceitos de reciprocidade: nada mais são do que os atos de dar e receber. É um característica indispensável para a vida em sociedade, já que equilibra as forças e dá sentido à nossa existência.
O ideal de reciprocidade é dar sem pensar em receber, querer bem sem ver a quem. Pensando assim, invarialmente o bem voltará para você. Na doutrina espírita, o amor é causa de elevação e meta de aprimoramento de todos nós. Pensando assim, é fácil entente que o amor não exige reciprocidade, nem reconhecimento. Apenas ame! O amor vai voltar para você 😉
A ciência da reciprocidade
O conceito de reciprocidade está enraizado em várias culturas e religiões ao redor do globo, sendo vista como essencial não só para os seres humanos, mas também para animais irracionais, como babuínos, por exemplo. Babuínos machos fazem alianças uns com outros com o objetivo de distrair a atenção do macho alfa do bando, evitando que este monopolize as fêmeas em idade de reprodução. Essa “parceria” permite que outros machos copulem com essas fêmeas. Posteriormente, os papeis são invertidos entre os babuínos como forma de retribuição.
Na filosofia, Kant descreveu a reciprocidade como:
A capacidade intelectual através da qual se torna compreensível a relação entre dois ou mais elementos do mundo comum, mutuamente percebidos no espaço, de aspecto e forma integrantes.
Immanuel Kant
Kant, em seu livro Metafísica dos Costumes (1797), disserta sobre amizade, sexo, família e casamento, relações onde a reciprocidade é imprescindível. Se todos os homens do mundo tivessem a oportunidade de ler Kant pelo menos uma vez na vida, a vida sexual de suas(eus) parceiras(os) seria bem melhor: não deveria existir orgasmo sem que a outra parte também o alcançasse. Muitas mulheres reclamam que seus parceiros só se importam com seu prazer e não em DAR PRAZER.
Jean Paul Sartre tem uma frase que, para mim, ilustra bem esse “desequilibrio” histórico do orgasmo:
O que mais importa não é o que fizeram a você,
Jean Paul Sartre
mas o que você irá fazer com o que lhe fizeram.
No ambiente de trabalho, a reciprocidade também é muito importante. Já vi muita gente “mesquinhando” conhecimento com medo de perder o seu emprego para quem pediu ajuda. Acontece que o mundo é muito pequeno e “dá voltas”. Esse colega que teve seu pedido de ajuda negado, amanhã pode ser aquele responsável pela sua contratação em outra empresa. Eu sempre preferi me dar bem com todo mundo, ajudar todos que posso e tenho certeza que muitas coisas boas que tive e que ainda terei na minha vida, são/serão frutos das minhas atitudes de solicitude, amizade e devoção. Amém!
Ou seja, entender que fazer o que precisa ser feito, independente do fato de ver seu gesto retribuído, é a essência da reciprocidade. O que você fizer, de bem ou mal, vai voltar para você. Aí é que você precisa escolher o que pretende “ver voltando na sua direção”. Quer receber? Dê. Quer crescer? Ajude. Quer ser amado(a)? Ame. Quer ser respeitado(a)? Respeite. Quer gozar? Leve ao orgasmo.
Forte abraço.
Se quiser saber mais sobre o projeto “Um post e uma foto por dia”, clique aqui
