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Música pra que te quero – Um post e uma foto por dia – 11 de janeiro

Eu faço quase tudo na minha vida ouvindo música. Trabalho, descanso, sexo, banho, enfim, sempre tento escutar algo que tenha a ver com aquele momento. Tenho uma canção para quase todas as situações da vida.

Também sou capaz de contar a história da minha vida através da música, ou melhor, narrando fatos marcantes através de canções que me marcaram. Pensei então em fazer uma playlist da minha vida. Vou comentar cada uma e o porquê dela estar nessa seleção:

Infância: essa talvez foi a primeira vez que atentei para uma letra de música. Tinha uns 6 ou 7 anos, estava no carro com meu pai e ouvi aquela voz linda, cantando uma letra que, para mim naquele momento, parecia engraçada por falar em “Marcianos”. Foi quando ouvi “Down, down, down, no High Society” e perguntei para ele o que significava aquilo. Aí veio a explicação e me apaixonei a primeira vista por Elis Regina.

Depois me lembro de ouvir em casa os discos do meu pai. Ele adorava Nelson Gonçalves, Vicente Celestino, Chico Buarque. Cresci ouvindo isso quando estava com ele. Sempre muito curioso, perguntava por esses termos “Boêmio”, “Ébrio” e pela metáfora genial de “Meu Guri”, onde não fazia muito sentido para mim, que uma mãe narrasse com tanto orgulho um filho ser ladrão. E que vozes, meu Deus!!

Pelo lado da minha mãe, já era mais Bethânia, Simone e Milton, só que tinham meus irmãos e de lá nasceu minha paixão pela música negra americana. Lembro bem a festa de 15 anos do Neto, meu irmão que tinha equipe de som. Todos os móveis da sala saíram, apareceram luzes, globo, caixas de som imensas e a galera que não cabia no apartamento, já dançava até no corredor! Eu, pequenininho no meio daquela gente, me deliciando ao som de Earth, Wind & Fire, The Commodores e Marvin Gaye.

A música e seus registros

No final da infância ganhei meu primeiro “compacto”, que para quem não sabe, era um disquinho com apenas duas músicas. Era do maior sucesso da época… “Menina Veneno” do Ritchie. Depois vieram muitos outros, mas esse me marcou! Nessa mesma época ainda lembro bem do estrondoso sucesso de “Eva”, com o Rádio Taxi. Outro também bem importante foi o primeiro LP da minha vida… “Thriller” do mestre Michael Jackson.

O trauma musical dessa fase foi ter sido barrado no show do Peter Frampton, que conheci através do ecletismo musical dos meus irmãos. Mesmo tendo uns 5/6 anos insisti para ser levado até a porta para tentar entrar, mas não rolou 🙁

Adolescência: já apaixonado por música, me encantei pelo rock do anos 80 e toda sua profusão de bandas. A porta de entrada foi a Blitz e seu “arrasa quarteirão” “Você não soube me amar”… Me lembro do primeiro show deles no finado Canecão, que minha mãe me levou e que me marcou profundamente. Aí, no rastro, vieram Plebe Rude, Legião Urbana, Dr. Silvana e tantas outras. Lembro-me bem do quão importante era naquela época, entre a galera, saber a letra INTEIRA de Faroeste Caboclo… Se você não soubesse aqueles 9 minutos e pouco, as meninas nem olhavam na sua cara.

Foto do dia

Chrisão cabeludo e metaleiro!!

Aí, lá pelos 15/16 tive contato com o Heavy Metal… Que fase boa!! Cabeludo, casaco de couro, pulseiras de spike, lá ia eu pro Garage Rock Club, na Praça da Bandeira e pro Circo Voador, para ouvir o som pesadão dessa fase. Metallica, Slayer e a maior de todas, Iron Maiden eram imprescindíveis nos shows covers da época.

Nessa fase o gosto pelo metal dividia espaço com o pagode e com o Miami Bass. Adolescência é complicado! Muitos amigos, muitas tribos… Um dia bater cabeça, noutro ir no pagode cantar e dançar ao som de Almir Guineto e à noite, no baile, dançar as coreografias com os amigos ao som de Stevie B ou as músicas lentas com as gatinhas nas festas americanas. A campeã era Whitney Houston e sua “The Greatest Love of All”. Quantas memórias!!

P.s.: tenho dois traumas dessa época. Ter sido barrado, de novo, no show do Kiss no Maracanã e não ter idade suficiente para ir no primeiro Rock in Rio.

Fase quase adulta e maior idade: Lá pelos meus 17/18 anos me reencontrei com a Black Music e mergulhei na MPB. Era aquelas fase de só ouvir um artista e mergulhar na obra dele. Foram várias fases: Raul Seixas, Caetano, Djavan, Oswaldo Montenegro, Gilberto Gil, Tim Maia, Ivan Lins, Milton Nascimento, Roberto e Erasmo, The Beatles, Stevie Wonder, Earth, Wind & Fire, Michael Jackson e muitos outros.

Comecei a tocar percussão e violão, aí vieram as bandas, os shows na noite e a música fincou raiz de vez na minha vida. Ganhei, com a minha banda Soul4Everybody, um festival universitário importante da época, o Fest Valda, cantando “Listen to the Music” do Dobbie Brothers e na noite cantei tudo… De Alceu Valença a Frank Sinatra, de Chitãozinho e Chororó a Alcione.

Na fase adulta fui apresentado ao Jazz e a música instrumental. Arthur Maia, Ulisses Rocha, Egberto Gismonti, Raul de Souza, Moacir Santos, Banda Black Rio, Hamilton de Holanda, Incognito, Chick Corea, Quincy Jones, Winton Marsalis, Dizzie Gillespie e tantos outros… Poderia escrever mais umas 100 linhas, mas acho que já é uma boa playlist.

Te desafio a criar sua “playlist da vida”, compartilhar comigo e com seus amigos, e colocar cada vez mais música no seu dia a dia. Eu fiz a minha, com certeza esqueci de um monte de músicas, mas acho que já dá para entender um pouco da minha formação musical.

Forte abraço!

P.s.: caso queira ouvir cada música citada no texto, estão todas aqui 😉

Se quiser saber mais sobre o projeto “Um post e uma foto por dia”, clique aqui

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3 thoughts on “Música pra que te quero – Um post e uma foto por dia – 11 de janeiro

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