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Maturidade: buscando a receita da paz interior

Não devemos nos apaixonar por corpos, marcas, discursos ou imagens. Nada é mais lindo que a maturidade, que é, basicamente, saber fazer as melhores escolhas. Um substantivo feminino que indica “um estágio adulto”, uma condição de plenitude em arte, saber ou habilidade adquirida. Peraí: “adquirida” como, cara-pálida? Tem receita ou manual de uso? Infelizmente não.

É bom ficar claro que maturidade não tem a ver com idade. Conheço pessoas velhas e imaturas, também conheço crianças bem maduras. Isso não se compra, se conquista.

O segredo está nos detalhes. Saber a hora de falar, o momento certo de ouvir, entender que nem sempre é possível ganhar e que perder, às vezes, faz um bem danado. Aliás, tirar lições das derrotas é um dos passos mais importantes rumo à maturidade.

A maturidade é uma simplicidade complexa

A maturidade te acalma, te prepara para entender coisas que até então eram inconcebíveis e te faz enxergar caminhos onde tudo parecia sem rumo. Ela te guia, te faz respirar fundo, ouvir críticas de forma mais serena e, pena, quase sempre chega mais tarde do que o necessário, te fazendo perder coisas maravilhosas.

A maturidade é um bem muito precioso. É por isso que quanto mais maduro o vinho, mis caro ele é. Para mim essa noção chegou depois da paternidade e de muitos, mas muitos erros, coisas que olho para trás e me arrependo bastante. Só que se você alcança um nível razoável de amadurecimento, passa a entender que esses erros foram fundamentais para chegar onde chegou e que só não vale repetí-los, porque aí o substantivo é outro: burrice.

Muitas vezes estive de frente com situações onde eu tinha a certeza que estava fazendo a escolha errada, mas por algum motivo era seduzido por essa transgressão, infidelidade, um grito, ofensa, enfim, algo me levava ao erro e aí já era tarde demais. A maturidade me trouxe um olhar novo para essas situações, uma pausa que me faz pensar aquele par de segundos, ouvir uma espécie de “voz interior”, o tempo suficiente para tomar a decisão certa ou pelo menos para entender as consequências dos meus atos. Então amadurecer é ceder à razão, abrindo mão da intuição? Ou confiar de vez na intuição e fazer dela sua razão? Tem um vídeo da Monja Coen que eu gosto muito e que fala justamente disso.

Por fim, acho que a maturidade é a soma de muitos afetos, é você não precisar mais de certas aprovações de terceiros, é – acima de tudo – ser feliz por ser o que você é e sentir orgulho de suas escolhas. E nunca seremos maduros o bastante, há sempre algo a melhorar, evoluir… Trata-se de uma busca eterna!

E para você, qual seria a melhor definição de maturidade?

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