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Feitiço de Áquila – Um post e uma foto por dia – 16 de fevereiro

Li outro dia um meme que dizia “Quem quer arruma um tempo, dá um jeito” e logo me lembrei do “Feitiço de Áquila”, um filme dos anos 80, que me marcou muito como uma bonita metáfora para os amores impossíveis, fato bem comum no imaginário de um adolescente à época.

Quem nunca teve um amor impossível ou viveu um grande desencontro amoroso que parecia ter TUDO PARA DAR CERTO mas insistia em dar errado? No filme, que vale ser assistido, o bispo de Áquila lança uma maldição sobre um casal, inviabilizando o amor dos dois: ela, Isabeau d’Anjou (a lindíssima Michelle Pfeiffer) passa o dia transformada em um falcão (por isso o nome original em inglês, LadyHawke); ele, Etienne de Navarre (o também bonitão, Rutger Hauer), passa as noites transformado num lobo negro… Ou seja, eles “nunca” se encontram. A cada nascer/pôr-do-sol, é uma dor só… É um filme lindo!

Você vive num “Feitiço de Áquila”?

Muitas vezes a vida nos coloca de frente com situações parecidas, onde por mais que você queira, o que parece ter tudo para ser fácil e ter sucesso, fracassa, como se fosse uma “maldição”. Na verdade trata-se da percepção do que é o amor próprio, ou seja, a difícil tarefa de entender/perceber que aquilo não vai dar certo nunca, porque a outra parte não te merece, ou seja, não está disposta aos sacrifícios normais de uma relação.

Também é possível a associação com os “malvados Bispos da Áquila” que encontramos durante a vida e que, muitas vezes, envenenam nossas relações por inveja, despeito, ódio gratuito, tornando-nos reféns de uma história que poderia ter um final feliz se permanecesse na ignorância de certas questões do outro.

Foto do dia

feitiço de áquila
O amor e seus desencontros…

O “Feitiço de Áquila” é uma boa metáfora para ilustrar os desencontros amorosos que eventualmente passamos na vida. Muitas vezes, dependemos de um “eclipse”, um momento único para enxergar de forma clara e conseguir encontrar DE VERDADE o nosso eu e, consequentemente, o nosso par. Porque só é possível “enxergar” o outro, a partir do momento em que nos vemos/entendemos como indivíduos únicos e merecedores de valor.

Muitas vezes esse “eclipse” ao invés de unir, separa de vez. Uma frase mal colocada, uma verdade que aparece, uma mania ou qualquer outro “defeito eliminatório”, realça uma diferença, um obstáculo intransponível, algo que transforma uma linda história em mais um passado a superar. E como superar essa dor? O quanto dura esse sofrimento? Difícil mensurar…

O Pato Fu, banda mineira, tem uma música chamada “Gol de quem?”, que a letra diz:

Porque sei calcular o valor
De um amor que desponta
Eu meço pelo tamanho da dor
Que no final eu sei que vai sobrar

Gol de quem? – John Ulhôa e Fernanda Takai

Os amores impossíveis costuma deixar um rastro de dor e sofrimento, somente superado por um novo amor, um amor que encaixa. Sobre esse sofrimento, ainda no filme, tem uma passagem linda: um diálogo entre o personagem Rato ( Matthew Broderick) e Isabeau, onde ele pergunta “Você é carne ou espírito?” e ela responde “Eu sou tristeza”.

Nesses mais de 40 anos de vida, a muito custo, aprendi a identificar mais rápido os amores que podem dar certo, que valem à pena insistir, não para serem eternos, porque não acredito em contos de fadas ou amores perfeitos, mas para durarem o tempo que for necessário para nos ensinar algo, nos fazer evoluir como pessoa, deixando um sentimento de que foi bom, mesmo tendo tido um fim.

Hoje, passando dos 40, já quase nos 50, mais do que tudo, quero ser feliz e não quero mais perder tempo insistindo num “Feitiço de Áquila”. Quero um amor fácil, um amor responsável e um amor que some… Porque para subtrair, a vida já se encarrega bem dessa tarefa.

Pense nisso! Você pode estar “amaldiçoado(a)” por algo assim e nem estar se dando conta disso 😉

Um abraço.

Se quiser saber mais sobre o projeto “Um post e uma foto por dia”, clique aqui

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