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À flor da pele – Um post e uma foto por dia – 13 de fevereiro

É muito comum eu ver minha atenção despertada por certas expressões e quando isso acontece sempre corro atrás da origem para entendê-las melhor. “À flor da pele” é uma dessas! Acho bonita, forte, lírica… Até uma música linda do Zeca Baleiro já se apropriou dela.

Foto do dia

à flor da pele
Um close à flor da pele

Pesquisei demais e não cheguei à origem. Para mim está claro que é uma bonita forma de dizer que se chegou ao limite (“Estou com meus nervos à flor da pele”), usando para isso uma metáfora com a pele, um orgão “desprezado” por boa parte das pessoas, mas de suma importância à nossa vida em diversos sentidos. Estar “à flor da pele” é chegar no estágio em que as emoções chegam a superar a razão, no qual nossos sentimentos são externados como o suor que sai da pele. Bacana demais, né?

A pele é um lance muito complexo. É o maior órgão do nosso organismo (sim, a pele é um ORGÃO, como coração, pulmão, rins etc) e por estar inteiramente ligada ao Sistema Nervoso Central (SNC), possui muitos receptores de sensibilidade e sensações, além de diversas terminações nervosas. Expressamos muitas das nossas emoções pela pele, seja no arrepio, no suor… Mas por que e de onde vem esse “à flor da pele”? Alguém aí sabe?

Curiosidade à flor da pele

Não achei esse significado, mas nas minhas pesquisas encontrei outros bem curiosos no livro “Locuções Tradicionais do Brasil” (1970) de Luis Câmara Cascudo… Quer ver?

  • “CHORAR AS PITANGAS”— Ato de se queixar, reclamar de algo. Essa frase está associada à expressão portuguesa “chorar lágrimas de sangue”. A pitanga se assemelharia a uma lágrima e sua cor vermelha remeteria ao sangue. Uma adaptação à moda brasileira.
  • “COMER COM OS OLHOS” — Ele dá várias possíveis origens, mas duas me chamaram a atenção. (1) Nos pejís do Candomblé, congás da Umbanda ou, se preferir, “quartos de santo”, a parte mais sagrada de qualquer casa de religião afro-descendente, é onde realizam-se as obrigações e lá os orixás recorrem às oferendas pelo olhar. (2) Havia em Roma uma modalidade do Silicernium, festim fúnebre, oferecido aos Deuses Manes, durante o qual a família, clientes e amigos não tocavam nos alimentos, limitando-se a olhá-los em silêncio e fixamente.
  • DANADO — O povo entende danado como possesso, furioso, desesperado. Danação! Danado do Inferno! Dane-se! Significa, realmente, quem sofre danos, o expoliado, arruinado, aflito, maltratado. A origem verídica data da legislação de Roma, republicana e imperial. “Danado” é o condenado, também imagem popular. Dannati aã Bestias, Damnatus ad Gladium, Damnati ad Opus (condenado a ser devorado pelas feras no Circus, a ser degolado, aos trabalhos públicos, minas, estradas)

Bacana, né? Mas continuo com minha curiosidade “à flor da pele”, querendo muito conhecer a origem dessas expressão tão curiosa. Se souber, pelo amor de Deus, me conte… Sou desses que enquanto não souber isso, não descansarei.

Até a próxima!

Forte abraço

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